terça-feira, 2 de outubro de 2007

Idéias sem grave: Uma crase invertebrada.

*Versão por Piu Gibson


Há algumas semanas, eu e um amigo meu (há alguns anos também já meu compadre...), durante um papo nesse limbo chamado MSN, entre as provocações literárias que sempre nos fazemos, numa forma de exercitar (eu acho!) nossos poetas e nossas ansiedades poéticas, tivemos um estalo. Ele me falando de um projeto (um blog), com outro parceiro, com o qual ele não tinha conseguido se empenhar muito ou não sei lá bem o que aconteceu durante o andamento do processo ou relacionamento, digo, relacionamento literário (nota de CilvaH: a verdade é que o desandamento do outro blog se deve aa falta de disciplina que impregna minhas várias dimensões. Não seria diferente com a poética que sempre pede licença antes de se ausentar). Deixo bem claro desde já, a fim de quê não haja dúvidas ou piadinhas sobre a nossa heterossexualidade, prevendo que não vou poder filtrar quem vai ler esta merda toda (aviso também que me utilizo corriqueiramente de termos xulos, nem sempre contextualizados!). Enfim, como eu ia dizendo, tivemos um estalo, chegamos ao mote, que é a tal da provocação de que eu falava. O mote: às moscas.
E agora? O que fazer com aquilo...? Huuum...Claro! Tava na cara! Não sabíamos o que fazer (é tanta idéia girando na minha cabeça. E na dele não é diferente! Devo avisar também que adoro parênteses... E reticências...)! Mas aí, eu fiz o convite que nem eu mesmo esperava fazer: um BLOG. Aí, ele reagiu e disparou de lá (de Sampa): Aas moscas, por conta da crase. Eu relutei um pouco, argumentei um muito...Mas contra a instintiva razão não existem argumentos...Tudo bem. Tínhamos evoluído. Pelo menos na questão do título.
Ainda assim, tínhamos só isso. Na mesma hora procurei um lugar desses que hospedam blogs. Achei um, que não é o mais famoso, mas tinha pompa. Mostrei o blog a ele já no ar e aí foi a vez dele relutar e argumentar...Mas contra a instintiva razão não há argumento...Tinha classe! Era honesto!
E agora²? O que fazer com aquilo²...? Huuum...Claro! Tava na cara (tenho a leve impressão que já disse isto antes...)! Ele tá escrevendo um conto; aliás, descobri que ele está produzindo bem mais e melhor do que eu; O conto se passa em São Paulo, terra que eu conheço e adoro, então não haveria problema algum em me inserir como co-autor, coadjuvante ou co-alguma-coisa qualquer... Moleza!
A idéia era usar duas locações, Belém e São Paulo, e ir permeando os capítulos com as distintas culturas enquanto as histórias se desenrolavam. Molezaaaa...Se eu tivesse conseguido escrever alguma coisa que não virasse um roteiro de comédia! Tentei, tentei e tentei!!! Descobri que além d’ele estar produzindo bem mais e melhor do que eu, que ele é um dramaturgo e eu não.
E agora³? O que fazer com aquilo³? Ai, ai, ai...! Eu tinha que fazer alguma coisa...Ele já tava com a vida feita...Porra! Pensei que isto fosse bem mais simples! A responsabilidade de escrever alguma coisa p’ra um monte de pessoas lerem, avaliarem e quiçá, formarem opniões, causou-me um pouco de paúra. O tempo suficiente pr’eu aceitar qu’eu deveria escrever sobre o qu’eu gosto de escrever...Qualquer coisa! Cotidiano! Presente, passado ou futuro. Tanto faz o tema! Incluindo esta bosta toda qu’eu estou redigindo.O importante é qu’eu faça valer a fórmula: coração=mão=caneta=papel que sempre me deu soluções pros meus dias corridos e corroídos aqui nesta cidade...Portanto, vamos escrever o que der na telha e deixar Aas Moscas. Pousem aa vontade!
P.S: Ah! Acabei nem contando como surgiu a idéia do subtítulo! Porra! Idéia boa! Bate-bola legal! Ele começou com essa história de “crase invertebrada”... O resto vós podeis deduzir...Relutar, argumentar...
É isso!
PG