sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

E o ano ainda vai que vai...P'ra morrer basta estar vivo!

Por Piu Gibson

Abro espaço pra mais uma nota póstuma. Faleceu na manhã do dia 24, a avó do meu comprade-irmão-amigo-sóciodeblog CilvaH... Vá em paz, Querida Dona Elza!
E me era querida mesmo! Não é por que ela não está aqui (eu sei que geralmente a gente aplica essa frase a pessoas ausentes...Mas de certa forma, ela está ausente, não está?!)! Nunca deixou de ser simpática comigo, e de uma serenidade, apesar da condição física imposta pelo implacável Chronus, que nos consome dia-após-dia. Nunca deixou de perguntar pelos meus filhotes (e só isso já me bastaria pra eu tirar a carteirinha do fã-clube...) , apesar de conhecer só o primeiro, a quem se referia como "rapazinho", levantando ligeiramente os lábios esboçando um sorriso, de certo lembrando das "capetices" do mesmo...Desculpe por não ter conseguido levar o "rapazinho" aí de novo. E ainda fiquei lhe devendo o segundo!
Lembrei-me de um fato engraçado, que acaba juntando a Dona Elza e o advento da morte (advento da morte?! De onde eu tiro essas coisas?!) n'um mesmo epsódio, que não esse derradeiro, a que estamos nós todos sujeitos...Queria que o CilvaH estivesse por aqui pra narrar do jeito dele, já rindo antes...Por sinal, foi ele quem me contou essa e eu já tou me babando aqui, rindo também:
No dia em que morreu o patriárca da família, me foje o nome agora (porra, Cilvah! Aparece on line aí!), que também, se eu não me engano, era Capitão da Polícia Militar e músico...Enfim! No dia em que ele morreu, Dona Elza se mostrava com a mesma serenidade de sempre. Sentida, claro! Mas nada que tirasse ou afetasse a sua "razão".
O velório correu tudo tranquilo (claro, dentro do que é aceitável em termos de tranquilidade pra um velório!) , a família alí, numerosa e unida. Os filhos desconsolados, os netos chorosos...Chega então a hora dos sepultamento...O último adeus! Caixão terminantemente fechado. Quem se despediu, se despediu! Desce então o esquife até o jazigo...Momento doloroso, é verdade...Eis que uma das netas, que já estava chamando a atenção de tanto que chorava, se lança ao encontro do caixão clamando "Ái, meu avô! Eu quero ir Junto! Eu quero ir Junto!", e Dona Elza, que quase que discretamente enxugava as suas lágrimas e já observava o faniquito meio de banda, dispara: "-Deixa de frescura, menina! Eu que sou a viúva não quero ir...! Sossega aí!"...
Enfim! Vai deixar saudades!
Espero que a senhora entenda isso como uma homenagem...Olhe lá, hein?! E dê um abraço no magrelo (Héber) por mim! Mas diga-lhe que devo me demorar ainda um pouquinho por aqui!
Inté!
Namastê!
PG

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